“Temos algo que é híbrido entre cinema e série”, diz elenco de Magnífica 70

  • Por Jovem Pan
  • 23/09/2016 12h20
Johnny Drum/Jovem Pan

Maria Luísa Mendonça e Marcos Winter, protagonistas de “Magnifica 70” da HBO, falaram um pouco sobre a segunda temporada da produção, no Jovem Pan Morning Show desta sexta-feira (23). Com estreia marcada para 2 de outubro, a série foi muito elogiada fora do Brasil e os atores acreditam que ela possui uma qualidade híbrida entre cinema e televisão.

“A HBO diz para não nos preocuparmos com audiência, só querem fazer um trabalho bacana. Temos uma equipe de cinema da maior qualidade. Temos um produto que é praticamente uma mescla do cuidado de se fazer um filme na minissérie”, disse Winter. “Temos algo que é um híbrido entre série e cinema”, completou Mendonça.

A nova temporada vai trazer os desdobramentos do final de seu primeiro ano, quando a produtora é chantageada para participar do esquema de corrupção junto da Embrafilme. Retratar as dificuldades de se fazer cinema na época da ditadura militar na década de 1970 é um dos desafios da produção.

“A gente retrata uma fatia do Brasil na época da ditadura numa geografia pública, que é a Boca do Lixo, perto da Estação da Luz. Elas (produtoras) se concentravam ali por conta da facilidade da distribuição. Muitas produtoras se fixaram ali, não só a pornochanchada. A “Magnífica” é legal por que é tocada por um ex-caminhoneiro, uma golpista, uma dona de casa e um cara que é da censura federal e tem uma vida dupla. Conseguimos nos transformar através do cinema e é fascinante ser falado no mundo todo”, explicou o ator.

Com muita experiência em novelas, a dupla não vê problema em transitar por diferentes vertentes. Eles ainda elogiam a liberdade que as séries têm para trabalhar, com um roteiro definido e mais direto, algo que a novela não oferece por ser um produtor diário e longo.

“São suportes diferentes, você tem uma obra aberta em que você não sabe o que vai acontecer. Tiro o chapéu para quem faz. Na série você tem começo meio e fim. É outro suporte, sou a favor do transito livre: teatro, série, cinema, novelas. Eles tão facilitando nossa vida com mais conteúdo e dramaturgia”, concluiu.

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